A Garota da Capa

E então a Rhazi me ligou e disse “Quer ser capa da Shimmie?” e eu, no primeiro suspiro durante o processo todo fiz minha primeira descoberta: Não, não sabemos o que queremos, não! Porque eu fiquei numa felicidade tão imensa e era uma coisa que eu, simplesmente, não havia reparado: Sim! Eu queria ser capa da Shimmie!!!

E vieram as Celebrações! Na sexta-feira, 7 de junho pp, no Núcleo Ju Marconato em Araraquara. A Ju é linda e dança Dança do Ventre muito bem. Então, nos perguntamos “tá, o que mais?” e, tendo visto o nascimento de algumas estrelas, me pergunto sempre o que mais e a resposta é uma só: Autenticidade. Quando um artista faz o que acredita (porque leu, inventou, decidiu, aprendeu, não importa!) a coisa vai! Mas tem que ser de verdade! Crer numa coisa é uma atitude com relação à coisa e não um sentimento! A Bíblia diz que a fé sem obras é vã e a fé sem preces é vã! Crer, até mesmo em Deus que ouve seu coração é uma coisa que tem que te levar em algum lugar! Assim, a menina que “acredita numa coisa”, vai nela à fundo e eu não estou falando nem do Google nem de PNL! Estou falando de ralação, de investimento de tempo e dinheiro, de horas sem TV. Autenticidade com investimento alto! Aí vai!

Certa vez, uma menina veio fazer uma aula particular comigo e disse “Meu ‘problema’ é a Fulana! Na minha cidade, só querem saber da Fulana! O estilo da Fulana bla bla bla…”. Depois de deixá-la desabafar, olhei para o relógio e disse “Olha, ela nunca foi minha aluna, mas se estivesse aqui, eu apostaria minha perna direita como não estaria falando de você há 20 minutos!”. E essa foi a primeira vez que eu ouvi o nome “Juliana Marconato”. E uma única noite com ela me fez entender o que essa moça tem “de mais”.

Muitos beijos, abraços, declarações de amor, em um lugar belíssimo, com comidinhas quentinhas e cerveja gelada! Sorrisos e gentilezas aos montes, entre todos nós. Simplesmente, perfeito! Impecável e de bom gosto!

E, já que eu estava assim, tão “em alta”, decidi me arriscar um pouquinho, só pra dar uma “Reclimada” no meu modo Garota da Capa e, aproveitando o lançamento da Revista no meu estúdio, fiz um Vernissage pela primeira vez, apresentando gravuras, telas e esculturas, que produzo desde 2001 e nunca havia exposto! Acho que eu precisava que gostassem de mim de outro jeito e queria correr o risco de não gostarem! Lição 2? Ai, como eu queria que gostassem!!! Vinho, música, frutas secas, meus melhores amigos, alunas, convidados muito mais que VIP´s (daqueles que não vão a parte alguma!) e (ufa!) eles gostaram!

Gostaram tanto que, além de elogios e delicadezas no Livro de Visitas, vendi duas telas! Primeira colherada de sucesso nas Artes Plásticas! Sucesso é quando querem comprar uma ideia sua! Para minha sorte, ambas foram adquiridas por amigas muito queridas e foi um grande alívio saber onde elas vão morar!

Domingo, 9 Noites no Harém, no Sagrado Harém da Khan El Khalili! O Jorge (Sabongi) me recebe de braços abertos, olhos azuis arregalados e um sorriso que recheava a cara: “Jadiskão! (pois é… ele me chama assim!) E aí, Superstar?!” e me dá aquele (aquele!) abraço! Adorou minha entrevista, adorou a foto de capa, diz que dá vontade de ler mais, diz “o volume 001 do seu livro é do Habibi!” e eu penso (Lição 3 a caminho!) “É… é a aprovação do Jorge… é legal, né…” (rs…).

E tudo isso, desde a porta da minha casa a caminho de Araraquara, na companhia das gatinhas da Shimmie Rhazi, Dani e Josi e este é um parágrafo à parte! Que delícia! Que deleite! Mulheres inteligentes, cheias de humor e de estilo, educadas, discretas, um arraso! Do telefonema da Rhazi ao abraço de despedida das meninas no Jardim da Khan El Khalili foi, literalmente, só alegria! E uma alegria que não é pra “quebrar o galho”, uma intimidade que não é pra “troca de favores”, são coisas espontâneas, naturais, que brotam entre pessoas que têm espaço para receber, desejo de doar, é um bálsamo nesse mundo oco em que vivemos agora! E me lembrei de uma coisa fácil de deixar de lado, mas, sem a qual esse mundo se torna insuportável: As pessoas são boas! A maioria delas é, sim!

E, ao contrário do que poderia parecer, o último final de semana, para mim, foi uma lição de humildade! Descobri que todas (ou quase todas) nós quer, exatamente, as mesmas coisas, todo mundo quer ser amado, aprovado, viver cercado de pessoas boas e todo menina quer, um dia, ser a Garota da Capa!